Santé! São quatro as gerações da família de Leôncio Arizu, fundador da vinícola de Mendoza, em 1901. Os Arizu são referência na Argentina, são destaque em inovações na agricultura de seus vinhedos, fato que lhes rendeu ativa participação na criação da primeira D.O.C. argentina em 1989, a Denominação de Origem Luján de Cuyo.
Sempre inspirados nos antepassados agricultores, desafiando o presente e pensando no futuro, os Arizu, procedentes de Navarra, Espanha, uniram-se aos Luigi Bosca, família nobre do Piemonte, norte da Itália. Nasceu, então a Bodega Luigi Bosca & Familia Arizu. Vinícola mendocina, com mais de 300 hectares de vinhedos nas regiões de Luján de Cuyo, Maipu e Valle de Uco, tornando-se embaixadores da singularidade e da elegância dos vinhedos de Mendoza.
A Luigi Bosca é líder internacional no seguimento de vinhos de entrada e de alta gama. Para quem não sabe os vinhos La Linda são parte da bodega e estabelecem uma ligação muito íntima com os consumidores, são vinhos mais frescos e fáceis de beber. E certamente vinhos que induzem o consumidor a prestar mais atenção na bebida, uma vez que são elaborados com maestria e dedicação. E ainda a Bodega Luigi Bosca cria vinhos que demonstram as características naturais do terroir de Mendoza, inclusive no quesito sustentabilidade com vinhedos orgânicos e vinhos veganos.
Sob a curadoria de Adolar Hermann, a Bodega está no Brasil há 25 anos, trazida pela Decanter, que coincidentemente foi a primeira bodega a desfilar no portfólio da importadora, iniciada em 1997. Uma das marcas mais queridas e ventáveis da importadora.
Estiveram presentes aqui na Enoteca Decanter Santos o gerente de exportação e sommelier da bodega argentina, Cláudio Mendoza e o representante internacional da La Linda que apresentou nova rotulagem, Federico Golja. Eles nos presentearam com uma degustação de cinco rótulos tops da bodega, além de uma harmonização de dois pratos com os vinhos.
Apreciadora dos vinhos La Linda destaco o espumante La Linda Extra Brut (R$111,90 no Outlet R$59,90) composto de Chardonnay e Semillon. É leve, refrescante, delicado e frutado, bem correto para comida oriental. Destaco ainda o Luigi Bosca 100% Chardonnay (R$183,90 no Outlet R$110,39) bem diferentão, seus aromas não indicam a variedade. Um Chardonnay sem malolática, acidez alta, muito mineral e vegetal com a fruta aparecendo bem depois. Acredito na vida longa desse exemplar. Outro destaque que não é para todos os bolsos, mas é um vinhaço, indubitavelmente: Luigi Bosca Paraíso (R$968,90 no Outlet R$616,99). Paraíso traz as melhores parcelas de vinhedos de Malbec e Cabernet Sauvignon. É um vinho excepcional pois só será elaborado quando o enólogo Pablo Cuneo junto a Alberto Arizu e Pablo Minatelli, agrônomos, decidirem sobre as melhores variedades do ano. O vinho tem 15% de álcool, completamente equilibrados com suas variedades. Taninos aveludados, com integração total entre fruta e barricas, acidez perfeita e longevidade ímpar.
A novidade da bodega é que recentemente abriram suas portas para o enoturismo, onde os visitantes viverão experiências sensoriais num castelo de 1926, localizado entre os mais emblemáticos vinhedos de Luigi Bosca na história da família Arizu, a Finca El Paraíso. Informações: +54 9261 5086679 - fep.hospitalidad@luigibosca.com
A seguir as minhas impressões técnicas de alguns dos vinhos degustados.
Aproveite as dicas e até a próxima taça!
