ENOAMIGOS

Cursos e Consultoria em Vinhos

claudia@enoamigos.com.br

• Santos • São Paulo

Artigos
Momento DiVino "O Bouquet das Adegas Portuguesas" 08/01/23 - A Tribuna Jornal - Santos
MOMENTO DIVINO 08-01-2023

Santé! Os vinhos portugueses são muito apreciados aqui no Brasil, há uma sintonia fina entre o néctar e o enófilo, o bebedor brasileiro. Neste espaço venho desvendando, com vocês leitores, as infinitas qualidades das regiões vitivinícolas de Portugal, país irmão, sempre em evidência no mundo do vinho.


Em Portugal é raro atravessar uma região sem avistar uma vinha, um vinhedo. Lá o vinho é tradição, história, cultura e quotidiano. Uma das marcas identitárias do país, dos maiores fatores de atração e promoção turística. Está na gastronomia e nas paisagens, na arte, na literatura e até no património religioso. Portugal tem 14 regiões vitivinícolas, quase três centenas de castas autóctones, está entre os 15 maiores produtores do mundo e acumula prémios nacionais e internacionais. A verdade é que, com uma longa e venturosa história, Portugal absorveu influências diversas dos quatro cantos do mundo. E o seu território, que pouco excede os 92 mil km², é tão heterogéneo nos solos e no clima que os vinhos surpreendem de uma região para a outra.


E acaba de aterrizar no Brasil a Bouquet Portugal (www.bouquetportugal.com.br), um projeto das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) representando mais de 18 mil viticultores de diversas regiões vitivinícolas portugueses. A Bouquet promove, neste caso concreto, 10 Adegas e seus respetivos vinhos. São vinhos das regiões do Douro, Vinhos Verdes, Távora Varosa, Dão, Bairrada, Beira Interior e Lisboa.


Destaco a região Vinhos Verdes e Lisboa


Com nove sub-regiões, a região dos Vinhos Verdes é a maior região vitivinícola portuguesa, situada no noroeste do país. O clima é ameno, temperado pelas brisas refrescantes do Atlântico. E a paisagem de azul e verde é um cenário de fertilidade e exuberância, praia e serra, património histórico e gastronomia ímpar. Aqui nascem vinhos especialmente leves e elegantes, mundialmente reconhecidos pela frescura, pela versatilidade e pelo caráter verdadeiramente raro. Degustei um Vinho Verde Alvarinho da Adega Cooperativa de Monção, fundada em 1958, a qual preserva muito cuidado com a matéria-prima, aliada a seleção das uvas e a moderna tecnologia de vinificação. (www.adegademoncao.pt)


*curiosidade - as garrafas desta adega vêm grafadas com a estampa de uma mulher. Diz a lenda tratar-se de dona Deu-la-Deu Martins, a principal figura de Monção. Era esposa do capitão-mor de Monção Vasco Gomes de Abreu, sendo atribuído a ela o feito de enganar os castelhanos à época das Guerras fernandinas.  E trata-se apenas de uma referência às mulheres viticultoras da região de Monção.


A região dos Vinhos de Lisboa vai muito além da cidade que lhe dá o nome. São nove sub-regiões que se estendem para norte da capital, num cenário de suaves colinas, beneficiadas por um clima temperado, de verões frescos e invernos amenos. Da combinação das influências do mar e da serra, resultam vinhos que têm conquistado cada vez mais credibilidade e apreciadores dentro e fora do país. É uma região com muito para conhecer e provar e onde os contrastes entre a dinâmica da cidade, o encanto das praias e a tranquilidade das zonas rurais são uma constante surpresa. Degustei um Regional de Lisboa da Adega Cooperativa do Cadaval, iniciada em 1963, há 50 anos, com mais de 500mil associados. São 800 hectares com uma capacidade de vinificação anual de sete milhões de litros de vinho.  Ao terroir da região, que imprime aos vinhos um perfil único, aliam o espírito dedicado dos produtores, um corpo técnico experiente e tecnologia adequada a uma produção de elevada qualidade. (www.cadavalcativa.pt e loja.adegacadaval.pt)


Conheci o projeto Bouquet Portugal através da Orantes Assessoria, e, agradeço o privilégio à Carol Orantes. Pude desfrutar os aromas, colorações, reflexos, paisagens, histórias de alguns vinhos portugueses. Vinhos de corpo e alma, com o perfil da terra, o espírito das castas nativas, a genuinidade de tudo o que é feito com respeito pela natureza original de cada um. Sejam complexos, frutados, elegantes, mais estruturados ou mais leves, mais aveludados ou cítricos, mas, com toda a certeza, únicos, capazes de exprimir o melhor de cada região e de conquistar reconhecimento no mundo inteiro.


Acompanhe as minhas impressões técnicas e até a próxima taça!


momentodivino@atribuna.com.br


@claudiaenoamigos







PROVEI E INDICO


Adega Monção - Muralhas de Monção 2021 DOC Vinho Verde, PT
Uva: Alvarinho e Trajadura (12,5º GL) (Selo Vegano)
Cor: amarelo palha brilhante
Nariz: pêssego e damasco
Boca: seco, refrescante, acidez vivaz, equilibrado e persistente
Ideal com marisco, pratos de peixe e carnes brancas
(a garrafa tem estampada a figura de dona)















PROVEI E INDICO


Adega do Cadaval - Confraria Syrah 2018 Vinho Regional de Lisboa, PT
Uva: Syrah (13º GL) (breve estágio em madeira)
Cor: rubi média intensidade brilhante
Nariz: frutas vermelhas maduras toque de especiarias
Boca: seco, ótima acidez, madeira integrada a taninos macios, equilibrado e persistente
Ideal com carnes em geral


*Os vinhos citados estão à venda em supermercados e empórios *preço sugerido a partir de R$80,00







.:: • © Copyright 2007 - 2024, ENOAMIGOS ® • Santos • São Paulo • claudia@enoamigos.com.br • http://www.enoamigos.com.br .::
.:: • PORTALWEB 6.0 ® • WCMS Web Content Management Systems • Development for Santos Digital ™ Global Strategy